RAPOULA DO COA
Nossa terra ... terra dos nossos
pais
HISTORIA
O Nome: Rapoula do Côa
Rapoula do Côa : De Rapa, vocabulo em latim que quer dizer nabo, e leva-nos a admitir que seja a forma do plural
Rapoula significaria, pois, nabal, talvez mesmo campo de nabiças. Podemos pensar que o seu etimo basico fosse Rapônico, raponço ou talvez até rapuncio
Na primeira metade do século XX a aldeia era designada por Rapoila.
Ora os sufixos -ola - oila são correspondentes e indicam um diminutivo; a maneira de escrever (-oula) podera significar pouca coisa.. sendo simples adaptação ortografica.
Talvez não seja despropositado pensar na palavra repolho, a que se aponta um étimo proveniente da lingua castelhana e que sera repollo.
Hà tambèm uma explicação arabe que indicarei ...
A Fundação
A Rapoula do Côa nasce depois de 1220 no dito " Porto Velho de Pêga" fundada pelos templarios de Vila do Touro.
Em 1220, a Guarda doou (carta de foral) aos templarios cujo mestre era Pedro Alvites, "um arrendamento de terras suficiente para ser lavrado por seis juntas de bois, mediante a obrigação de aqueles irem pela bandeira da Guarda nas guerras que entretanto pudessem surgir".
E aconteceu que os de Touro foram ampliando, mais e mais a terra doada de tal maneira que, de terra doada se formaram duas povoações: a de Rapoula que não passou de aldeia e Touro que se converteu a vila.
A Rapoula foi fundada para contrapor a atalaia leonesa de "Caria Talaya" (O topónimo tem origem árabe, cujo significado corresponde a Caria = aldeia/povoação e Talaya = fortificação) hoje 'Cabeça de Nossa Senhora das Preces.' na freguesia da Ruvina
A mais antiga referência data de 1226, na descrição dos limites do concelho da Vila de Alfaiates. Outra referência à povoação surge em 1231, numa carta de Fernando III à Vila do Sabugal, como aldeia do termo do concelho do Sabugal.
A última referência data de 1320-21, já depois da passagem de Riba Côa para posse portuguesa, onde é mencionada a igreja de Santa Maria de Caria Talaya. Após este período terá sido despovoada e abandonada, pois deixou de deter importância estratégica e militar com o avanço da fronteira para leste.
Hoje continuam a ser feitas peregrinações à capela desde as povoações limítrofes. No local ainda se detectam alguns vestígios das muralhas da antiga cintura defensiva. No entanto são escassos outros vestígios materiais da antiga povoação. Refere-se a existência próxima de sepulturas escavadas na rocha e de o achado de uma moeda de Afonso X de leão.
No local foram também identificados vestígios castrejos, nomeadamente um machado em bronze, que questiona a antiguidade do povoamento local.
A datas:
- 1220-1222: Fundação da Rapoula pelos Templarios de Vila do Touro
- 1297: Tratado de Alcanizes: Fim do papel da Rapoula frente à Caria Talaya (Ruvina)
- 1640: Os Castelhanos tentam entrar pelo Riba-Côa.
- 1758: Dicionário Geográfico de Portugal - descriptivo da Rapoula
- 1811: Passagem das tropas francesas 28 de Março - 3 de Abril : Batalha do Sabugal
Por Albert Jean Michel de Rocca (1788-1818) Memorias sobre a guerra dos franceses em Espanha (Paris 1814) page 384
(...) Os franceses ficaram na Guarda até à dia 28 de Março, e quando chegaram os ingleses, abandonaram a cidade e ocuparam a alta posição de Ruivinha ('Ruvina'). Defenderam a passagem a vau da Rapoula do Côa até ao dia 3 de Abril, o dia 4 deixaram a posição e passaram a fronteira portuguesa" (...)
A mais antiga inscripção na Rapoula é de ... 1789 num parede de uma palheira ! Algèm têm outra ?
Por Nicolas Marcel (1786) -- do 69° Regimento ou 69° de linha
Tradução em breve: O 26 de março 1811. (...) La retraite continua encore pendant quatre jours par cette même route, puis on prit la route de Guarda, car Masséna voulait, disait-on, nous conduire dans les environs de Coria et d'Alcantara pour nous refaire : les maréchaux, d'après les bruits qui nous arrivèrent aux oreilles, n'étaient pas d'accord sur ce mouvement.. Nous étions depuis quelques jours à Guarda et dans les environs où nous faisions des provisions de pommes de terre, comptant sejourner assez longtemps, lors-qu'une nuit une surprise se produisit Le 69e était à Rinvinha --"Ruvina"--, assez gros village où était établi le quartier général du commandant en chef : nous dormions profondément lorsque des cris d'alarme, poussés par des hommes échappés des avant-postes, vinrent nous réveiller. Heureusement nos soldats comptaient plus sur eux-mêmes que sur la vigilance du chef de l'armée qui n'était informé de rien; pendant cette retraite, ils étaient habitués à prendre leur repos, le sac et la giberne sur le dos et le fusil dans le bras. et ils ne s'ècartaient jamais; aussi furent-ils prêts au premier coup de baguette et en état de faire face aux Anglais qui débouchaient de tous des côtés. Néanmoins, à un certain moment, une compagnie d'Anglais pénétra dans le village à une portée de fusil de Masséna, qui se mettait en selle avec sa divinité à demi vêtue : ils n'eurent que le temps de s'enfuir au galop pendant que les hussards chargeaient les Anglais qui évacuèrent la localité (1). Au point du jour, l'attaque était repoussée, mais Masséna, encore sous le coup de l'émotion causée par la crainte de se voir ravir sa concubine, prit la résolution de rentrer immédiatement en Espagne par Ciudad-Rodrigo Nous arrivâmes dans cette ville avec autant de joie que nous fussions rentrés en France ; le maréchal Ney nous quitta et partit pour Paris .
Nommé sous-lieutenant par décision de S. A. le prince d'Essling, le 2 février 1810; Nommé lieutenant par S. E. le duc de Raguse, le 4 juin 1811.
(1) Marbot, qui était de l'état-major de Masséna, donne une version un peut différente. Il prétend que l'état-major dinait tranquillement sous les arbres dans le village lorsque l'apparition de 50 hussards anglais vint donner l'alarme et permettre d'apercevoir de nombreuse bataillons ennemis. Selon lui, la nuit et un épais brouillard facilitèrent la retraite du maréchal qui s'opéra très tranquillement. (Voir Mémoires de MARBOT, t. II, p 433-434) Cette surprise est rapportée très différemment au tome XX, page 90, des Victoires et Conquêtes des Français. Il n'y a donc aucune raison pour ne pas ajouter foi au récit de Marcel, témoin oculaire et qui n'avait pas les mêmes raisons que Marbot pour « arranger » les événements. D'ailleurs la duchesse d'Abrantès rapporte ainsi la surprise : « Masséna, insoucieux de tout,... était auprès d'une femme lorsque l'ennemi, surprenant tout à coup le quartier général, fut au moment de prendre 1e général en chef ! Masséna, obligé de se jeter à peine vêtu sur un cheval, fut contraint de fuir... pour que les Anglais ne ce rient pas de lui devant ses cheveux blancs (Mémoires de la duchesse D'ABRANTÈS, t VIII, p. 296.)
- 1914 -18: 1eira guerra mundial ; 4 rapoulenses : Joaqum Fonseca (Rua), Tomas Lages chamado "o sargento", Manuel Martins, Manuel Robalo ... todos regressaram !!
- 1936 : Guerra civil na Espanha : refugiados na Rapoula
- 1946: Livro de Manuel Joaquim Correia (Ruvina) -Memorias do concelho de Sabugal
- ....
Logo vêm mais informações...
Podem me inicar todas as datas que encontrarem (casas, chafarizes, cruzeiros, paredes...) e sobretudo onde se encontram.
Exemplo:
- Cruzeiro da Eirinha: 1871 (Foto no site do Benjamim Calmote : www. rapoulense.net )
-
Trabalho de Manuel Pernadas Cabral - Toulouse -França
Vistigios historicos no concelho do Sabugal
[Inicio]